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sábado, 25 de abril de 2009

GERSON CONRAD - O Ex-SECOS E MOLHADOS!


GERSON CONRAD com os SECOS & MOLHADOS nos anos 70!



GERSON CONRAD em 1981

GERSON CONRAD com os músicos e amigos Carlinhos Machado e Haroldo de Oliveira
GERSON CONRAD com a banda TRUPI: Carlinhos Jr., Carlinhos Machado, Márcio Brandão

GERSON CONRAD em show-2008

GERSON CONRAD-2007-2008

Gerson Conrad (São Paulo, 15 de abril de 1952) é um compositor e músico brasileiro. Iniciou sua carreira no grupo musical Secos & Molhados.
Gerson Conrad ficou conhecido ao ingressar no ano de 1973 no grupo Secos & Molhados, que contava com João Ricardo e Ney Matogrosso. Foi o responsável por uma das canções mais clássicas do grupo, e da época: "Rosa de Hiroshima", um poema de Vinicius de Moraes musicado por Gerson . No segundo disco do grupo, de 1974, foi compositor de mais uma canção, "Delírio".
Com o término do grupo no ano de 1974, Gerson se juntou-se ao letrista Paulo Mendonça e a atriz e cantora Zezé Motta, e lançou em 1975 o disco Gérson Conrad e Zezé Motta, no qual se destacaram as canções "Trem noturno" e "A dança do besouro". Em 1981, fez um outro trabalho solo, Rosto Marcado, lançado pela gravadora Continental/Warner, seu último disco lançado até então.
Hoje Gérson Conrad tem sua banda, Trupi, que mantém em seu repertório algumas canções dos Secos & Molhados, e canções de blues e rock. Atualmente estão com o espetáculo que leva o nome de "Bons Tempos", uma das canções escritas por Gerson Conrad. Também é formado em Arquitetura e exerce a profissão. Mas devido a inúmeros pedidos de fãs, admiradores e amigos, êle resolveu retomar sua carreira artística em fase solo, para alegria de milhões de fãs espalhados por todo o Brasil e também no mundo.

Discografia

Gerson Conrad
Gravação do segundo disco dos Secos e Molhados. Á esquerda Gerson Conrad, no centro Ney Matogrosso e a direita João Ricardo.
ALBUNS DISPONÍVEIS PARA DOWNLOADS:


GERSON CONRAD & ZEZÉ MOTTA

















Intérprete(s): Gerson Conrad & Zezé Motta
Álbum: Gerson Conrad & Zezé Motta
Ano: 1975
Selo/Gravadora: Som Livre
Nº de catálogo: 410.6007

faixas

1 A dança do besouro
2 Favor dos ventos
3 Sono agitado
4 Trem noturno
5 Estranho sorriso
6 Bons tempos
7 O legado da terra
8 Sempre em mim
9 Pop star
10 Um resto de sol
11 Lírios mortos
12 A medida
13 Novo porto
14 1974
Composições de Gerson Conrad e Paulinho Mendonça
Link Para downloads:
http://www.4shared.com/rar/ksio8Skj/Gerson_Conrad__Zez_Motta_1975.htm

1981-ROSTO MARCADO
Faixas:
01-Amor amor
02-Rosto marcado
03-Sementes
04-Precipício
05-Ave Maria
06-Depois da sessão de cinema
07-O tempo
08-Fundo do poço
09-Sociedade de consumo
10-A sêde e a fonte
Todas as composições do Gerson Conrad

Link pra downloads:
http://www.4shared.com/mp3/nMMCMy9f/Rosto_Marcado__Gerson_Conrad_.htm

GERSON CONRAD com a banda SECOS & MOLHADOS:

Membros:

Ney Matogrosso
(vocal)
Joao Ricardo
(violao, vocal, harmonica)
Gerson Conrad
(vocal)

músicos de apoio:Willie
(violao, bass)
John
(violao, guitar)
Triana Romero
(castanholas)
Rosadas
(flute)
Emilio
(piano, organ)
Norival
(drums)
Jorge Omar
(violao)

Secos e Molhados [1973]
Track List

01 - Sangue Latino (João Ricardo / Paulinho Mendonça)
02 - O Vira (João Ricardo / Luhli)
03 - O Patrão Nosso de Cada Dia (João Ricardo)
04 - Amor (João Apolinário / João Ricardo)
05 - Primavera nos Dentes (João Apolinário / João Ricardo)
06 - Assim Assado (João Ricardo)
07 - Mulher Barriguda (João Ricardo / Solano Trindade)
08 - El Rey (João Ricardo / Gerson Conrad)
09 - Rosa de Hiroshima (Gerson Conrad / Vinicius de Moraes)
10 - Prece Cósmica (João Ricardo / Cassiano Ricardo)
11 - Rondó do Capitão (João Ricardo / Manuel Bandeira)
12 - As Andorinhas (João Ricardo / Cassiano Ricardo)
13 - Fala (João Ricardo / Luhli)

ou
http://rapidshare.com/files/110353884/SecosMolhadosSecosMolhados-zl.zip.html

Secos & Molhados {1974]
Track List

01 - Tercer Mundo (João Ricardo / Julio Cortázar)
02 - Flores Astrais (João Ricardo / João Apolinário)
03 - Não Não Digas Nada (João Ricardo / Fernando Pessoa)
04 - Medo Mulato (João Ricardo / Paulinho Mendonça)
05 - Oh Mulher Infiel (João Ricardo)
06 - Vôo (João Ricardo / João Apolinário)
07 - Angústia (João Ricardo / João Apolinário)
08 - O Hierofante (João Ricardo / Oswald de Andrade)
09 - Caixinha de Música do João (João Ricardo) Instrumental
10 - O Doce e o Amargo (João Ricardo / Paulinho Mendonça)
11 - Preto Velho (João Ricardo)
12 - Delírio (Gerson Conrad / Paulinho Mendonça)
13 - Toda & Rock & Mambo & Tango & Etc (João Ricardo / Luhli)
DOWNLOAD
ou
http://rapidshare.com/files/104342743/SecoseMolhadosSecoseMolhados-zl.zip.html
Ao Vivo no Maracãnazinho [1974]


Tracks
01- As Andorinhas
02- Rosa De Hiroshima
03- Instrumental
04- Mulher Barriguda
05- Primavera Nos Dentes
06- El Rey
07- Toada & Rock & Mambo & Tango Etc
08- Fala
09- Assim Assado
10- Instrumental II
11- O Vira
ou
http://www.mediafire.com/?3tn2dqj1gxy
A HISTÓRIA DOS SECOS E MOLHADOS

Durou um ano, um ano e meio no máximo. Foi o suficiente para marcar uma geração e fazer história. Até hoje, os Secos & Molhados são lembrados por quem viveu a onda e cultuados por muita gente que nem era nascida quando o Brasil conheceu aqueles músicos de cara pintada, roupas e adereços coloridos, uma coreografia nunca vista antes e, principalmente, uma música original (ainda que não revolucionária como a de outra banda “cult” da época, os Mutantes) e de primeiríssima qualidade.

“Surgiram e acabaram logo (...) como se tivessem sido o brilho súbito de um quasar, uma suave explosão, um sonho irrepetível”, escreveu o jornalista Luiz Carlos Maciel no encarte do CD da série Dois Momentos que juntou os LPs dos Secos & Molhados de 1973 e 1974. O som do Secos & Molhados era resultado da bagagem musical do criador da banda, o português João Ricardo (violões, harmônica e voz), de Ney Matogrosso (voz) e Gerson Conrad (violões e voz). O rock era a referência principal, mas Ney levava um conhecimento de música brasileira que os outros não possuíam.

“O Vira”, do primeiro LP do Secos & Molhados (1973), da gravadora Continental, é uma das primeiras músicas que me lembro de ter ouvido na vida. Para mim, e para muitas crianças, a letra era lúdica e repleta de referências: remetia a histórias contadas pelos pais, fantasias, brincadeiras e cores. Os adultos ficaram fascinados pelo som e pelo visual dos músicos – e, também, pelos requebros de Ney Matogrosso, que despertaram a libido de muitas mulheres e homens. A aparição no programa de estréia do “Fantástico”, em setembro de 1973, transformou o Secos & Molhados em mania nacional: em apenas um mês, foram vendidas 300.000 cópias do LP de estréia – um número inimaginável numa época em que os LPs mais vendidos alcançavam 50.000 cópias por ano. Dez meses depois, a marca de um milhão estava prestes a ser superada.
O nome da banda era uma frase comumente vista nos empórios e mercados: para resumir a variedade de artigos à venda, muitos proprietários escreviam na fachada que vendiam “secos e molhados”. A famosa capa do LP de 1973 mostra Ney, João, Gerson e o baterista Marcelo Frias com as cabeças “servidas” em bandejas colocadas sobre uma mesa com garrafas de vinho, pães, batatas, cebolas, biscoitos e grãos – os tais “secos e molhados” encontrados nos empórios. Mas, quando o disco chegou às lojas, Frias já estava fora do grupo. Existem duas versões para sua saída. Uma: ele se recusava a usar maquiagem e seguir o visual dos outros integrantes. Outra: em dúvida quanto às perspectivas de sucesso do Secos & Molhados, o baterista teria preferido continuar a trabalhar por conta própria em vez de se comprometer em tempo integral com uma banda ainda não consagrada.
“Sangue Latino”, “O Vira” e “Rosa de Hiroshima” foram as faixas de maior sucesso. Quem comprou o disco pôde conferir ainda “Amor”, “O patrão nosso de cada dia”, “Assim assado”, “Mulher barriguda”, “El Rey”, “Prece cósmica”, “Rondó do capitão”, “As andorinhas” e “Fala”, que completavam a obra. Poetas de primeira linha tiveram obras musicadas por João e Gerson. “Rosa de Hiroshima” era de Vinicius de Moraes; “Rondó do capitão”, de Manuel Bandeira; e “As andorinhas”, de Cassiano Ricardo.

O Secos & Molhados tinha tudo para fazer sucesso por muitos anos, mas as brigas internas colocaram tudo a perder. João Ricardo colocou seu pai, João Apolinário (jornalista, crítico de teatro e co-autor de algumas letras das músicas do S&M), para empresariar a banda. Depois de muitas discussões, Ney e Gerson, descontentes com várias coisas (a partilha do dinheiro era apenas uma delas), decidiram sair.

A dissolução do Secos & Molhados foi anunciada em agosto de 1974, um dia depois da apresentação do clipe de “Flores astrais” no “Fantástico”. Todo o esquema de divulgação do segundo LP foi desativado e o disco teve vendagem e execução pífias – ao menos se comparadas às do disco de estréia. Uma pena, pois era tão bom quanto o primeiro e prosseguia na linha de musicar poemas de artistas consagrados: “Tercer Mundo” (de Julio Cortazar), “Não: não digas nada” (de Fernando Pessoa) e “O hierofante” (de Oswald de Andrade) estavam ao lado de “Flores astrais”, “Medo mulato”, “Oh! Mulher infiel”, “Vôo”, “Angústia”, “O doce e o amargo”, “Preto velho” e “Delírio” – todas excelentes. O álbum tinha outras duas faixas. “Toada & Rock & Mambo & Tango & etc” era um protesto contra a censura, com Ney, João e Gerson sussurrando “Diga que não sei de nada/nem posso saber” ao som de guitarra, baixo, bateria e sanfona. “Caixinha de música do João” era uma instrumental acompanhada pelos “lá-lá-lás” de Ney.

(Vale mencionar o lançamento, em 1980, de um LP com o registro do histórico show do Secos & Molhados que lotou o Maracanãzinho em 1974. Infelizmente, a gravação é muito ruim: em vários momentos, as vozes dos cantores desaparecem ou são abafadas pelos instrumentos. Dispensável e nunca relançado, mas os vinis existentes são oferecidos a preços inacreditavelmente altos nos sebos e sites de compras.)

Em 1975, todos os (ex-)integrantes do Secos & Molhados lançaram trabalhos. O LP de Ney, “Água do Céu-Pássaro”, estourou com a faixa “América do Sul” – apenas o primeiro dos muitos sucessos de uma carreira solo que dura até hoje e já rendeu 29 álbuns. Gerson gravou um LP em dupla com Zezé Motta, “Gerson Conrad e Zezé Motta”. Depois, lançou apenas um disco, “GC”, em 1981. Teve pouca repercussão, tanto na época quanto em 2002, quando foi relançado em CD com o nome “Rosto Marcado”. Gerson foi bem sucedido como arquiteto, profissão que já vislumbrava quando entrou para o Secos & Molhados. João Ricardo lançou um LP homônimo (chamado por muitos de “álbum rosa” devido à cor da roupa com que ele posou para a foto de capa) e prosseguiu compondo e gravando. Seu trabalho mais recente, “Puto”, é de junho de 2007.

Determinar o período de existência do Secos & Molhados pode suscitar longas (e infrutíferas) discussões. Para o público e para muitos historiadores, a banda existiu apenas entre meados de 1973 e agosto de 1974 – ou seja, a fase de sucesso comercial. Mas o nome Secos & Molhados foi registrado por João Ricardo em 1970. Ney entrou no final de 1971 e Gerson no começo do ano seguinte. Até a gravação do primeiro LP, vários outros músicos passaram pelo S&M.

Após a saída de Ney e Gerson, João Ricardo lançou, além dos trabalhos solo, cinco ou seis discos do Secos & Molhados. Cada um teve uma formação diferente e nenhum chegou perto do sucesso de 1973/1974, apesar da divulgação gerada pelo nome e pelas muitas referências ao período da “formação clássica”. “Secos & Molhados”, de 1978, abre com uma faixa intitulada “Que fim levaram todas as flores?”. Dois anos depois, viria “Secos e Molhados” (assim mesmo, com o “&” sendo substituído por “e” na arte da capa), que fecha com “Vira Safado”. O LP “A volta do Gato Preto” (1988) tentou reviver a receita de outrora no título, no visual extravagante do músico Totô Braxil (parceiro de João até 1990) e na própria capa (uma foto de João e Totô sentados a uma mesa repleta de elementos presentes na capa do LP de 1973). A impressão geral é que João Ricardo nunca admitiu que, para o grande público, o Secos & Molhados acabou com a saída de Ney e Gerson em 1974.

Encontrar o CD “Dois em um”, que juntou os LPs de 1973 e 1974, não é tarefa das mais difíceis. Vale a pena ouvi-lo e conferir por que o Secos & Molhados é lembrado até hoje.

fotos raras dos Secos & Molhados:


Secos & Molhados, nos anos 70.




fotos de ensaio para primeira capa do disco 1973

Tributo aos SECOS & MOLHADOS

Móbile - Secos & Molhados Em Instrumental de 1974

Móbile - Secos & Molhados Em Instrumental
Continental - 1.07.405.019
Folk - Psychedelic - 1974

Faixas:
Lado A
01 - Sangue Latino
02 - O Vira
03 - Delírio
04- Fala
05 - Assim Assado
06 - Preto Velho
Lado B
07 - Flores Astrais
08 - Rosa de Hiroshima
09 - Amor
10 - Não Não Digas Nada
11 - O Patrão Nosso de Cada Dia
12 - Caixinha de Música do João



RECADOS CARINHOSOS DO GRANDE ARTISTA GERSON CONRAD no meu ORKUT.

28.10.2008 as 07:07 (6 horas atrás)

Gerson:

Olá, Adalberto,
mais uma vez, obrigado pelo carinho e cuidado impecável em suas publicações. Visitei seu blog. Achei bem interessante. Em tempo, se puder, corrija a informação sobre o meu disco de 1981. Este, foi lançado pela "Continental". Em seu texto diz "Som Livre". "Remember (h) it (s)", (rsrsrs) só um trocadilho.

Sorte,
Gerson Conrad

visitem o perfil do GERSON CONRAD no ORKUT e solicitem sua amizade, irão adorar conversar com este grande nome que juntamente com NEY MATOGROSSO, JOÃO RICARDO, fizeram a história dos SECOS & MOLHADOS. Click abaixo e façam parte do rol de amigos dêle.

http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=150870397245769455

UMA ENTREVISTA FANTÁSTICA E EXCLUSIVA FEITA PELO SITE www.abarata.com.br pelo jornalista Barata Cichetto em 2007, leiam abaixo na íntegra esta grande entrevista com GERSON CONRAD:

Gerson Conrad, nome artístico de Gerson Conrradi, um dos fundadores de um dos maiores, senão o maior, fenômeno do Pop e do Rock brasileiros. Músico e arquiteto, Gerson foi integrante do trio básico, juntamente com João Ricardo e Ney Matogrosso, que explodiu as cabeças dos então jovens nos idos de 1973. A banda, de curta e meteórica duração, foi com certeza, o estopim que causou a explosão de muitas bandas desde então. Nesta entrevista, feita por E-Mail em Abril de 2007, Gerson fala com exclusividade A Barata sobre sua carreira solo, seu momento atual e, é claro, sobre o Secos & Molhados, principalmente sobre a polêmica envolvendo o Kiss.
A Barata - Gerson, comecemos a partir do momento atual: o que você tem feito atualmente? Sua atividade é puramente musical, ou exerce outras atividades?
Gerson Conrad - Sou arquiteto, e divido minhas atividades profissionais, entre a música e a arquitetura.A Barata - Como vê o panorama do Rock no Brasil e no mundo hoje? O que tem escutado?
Gerson Conrad - Acredito que a grande novidade ainda está por acontecer. Digo, algo inovador como Beatles e Stones na década de 60 ou mesmo algo criativo como os anos 70 de que me orgulho em ter participado e contribuído.As vezes tenho a impressão de que as décadas referidas acima estão para os anos vindouros assim como a cultura Grega para até nossos dias. Ou seja pouca coisa se criou ou inovou desde então.Salvo,evidentemente,o avanço científico e tecnológico. Por fim, eu costumo escutar de tudo um pouco.A Barata - Fale sobre o disco que lançou com a Zezé Motta em 75? Como foi essa experiência?
Gerson Conrad - Foi uma experiência interessante para a época. Explico,tudo o que eu acreditava naquele momento, era em trabalho de equipe. Me sentia inseguro em gravar sozinho.Hoje,não teria tal receio.A Barata - Em 81 você lançou um trabalho solo que, ao que me parece quase não foi divulgado. Fale sobre esse disco.
Gerson Conrad - Esse disco gravei pela Continental e sob a direção artística de Moacyr Machado,in memorian. A princípio, me deram total liberdade de produção desde que eu concordasse em trabalhar com o maestro Eduardo Assd (in memorian). Isso me deixou um pouco tenso,uma vez, que a minha concepção para aquele trabalho seria a de trabalhar com o grupo de amigos que me acompanhavam,músicos naturalmente. Tive problemas no sentido da escolha do nome do disco.A primeira opção seria "Rosto Marcado" como foi recém lançado em CD pela Warner. A segunda opção seria "Depois da Sessão de Cinema". Ambos os títulos permitiriam um trabalho de capa fantástico. Contudo a direção da empresa achou por bem usar de uma foto de arquivo para a contra capa e criaram um cálice quebrado com vinho derramado,imagem ao meu ver negativa, e com um agravante só com as iniciais do meu nome "Gerson Conrad" o que dificultava a identificação nas prateleiras. Porém, o disco musicalmente, é lindo.A Barata – Como você se vê como músico e como artista de uma forma geral, hoje? Que estilo pretende?
Gerson Conrad - Bem, como tudo na vida tem uma evolução natural, naturalmente, eu me sinto mais maduro aos meus 55 anos de idade como músico, como artista ou como você diz,de forma geral. O que procuro oferecer em minhas performances é um trabalho profissional em seu todo. Naturalmente me vejo enquadrado dentro do conceito "Rock".A Barata - Você musicou um poema de Vinicius de Moraes, "Rosa de Hiroxima", que foi uma das mais tocadas do Secos & Molhados. Como foi essa experiência criativa. Sabe da reação de Vinicius á composição?
Gerson Conrad - Esse poema de Vinícius estava perdido em uma antologia poética sobre suas obras segundo o próprio poeta. Me foi apresentado por João Ricardo. Como tratava de um contexto universal,me encantei e compus a melodia. Quando tivemos a oportunidade de mostrar como havia vestido o seu poema, Vinícius me agradeceu e se emocionou muito.A Barata – Falando sobre letras, as letras dos Secos & Molhados eram muito boas, poéticas. Mas não podemos esquecer que estávamos numa época de Ditadura Militar ferrenha no Brasil e que a maioria dos artistas buscava, de alguma forma, combater essa ditadura. A banda essa preocupação, digamos, política? Qual era a sua postura com relação à Ditadura, na época?
Gerson Conrad - O grupo tinha uma postura politizada não partidária. Viver aquele período de repreensão e repressão não era das melhores experiências evidentemente.Acredito que contribuímos com a nossa criatividade para colorir um pouco mais aqueles dias militarescos.Eu particularmente era um universitário naquele momento como tantos outros.A Barata - O fenônemo "Secos & Molhados", da forma e no momento em que aconteceu, mexeu com muita coisa e com muita gente. As roupas, danças, a poesia das letras, enfim, foi uma autêntica Revolução. Como era sua cabeça antes e depois dele?
Gerson Conrad - Não só eu, mas meus dois companheiros éramos muito conscientes. Nada do que criamos ou fizemos foi ao acaso. O que não podíamos contar era com o sucesso e o que isso contribuiria ou não posteriormente. Minha cabeça era e continuou sendo equilibrada.A Barata - Como era seu relacionamento com o Ney Matogrosso e com o João Ricardo? Li algumas entrevistas suas que contava que o relacionamento de vocês não era lá essas coisas. Como era isso?
Gerson Conrad - Durante o tempo em que tivemos juntos considero que tenha sido um relacionamento normal. Naturalmente que divergíamos em muitas coisas. Com Ney,mantenho até hoje um relacionamento cordial. Já com João a cordialidade está diretamente ligado ao respeito ou não pela minha pessoa. Se ele me respeita a recíproca é verdadeira,se não...A Barata - Secos & Molhados com certeza rendeu muita grana. Vocês ficaram ricos com o Secos & Molhados? (Risos)
Gerson Conrad - Não. Teríamos ficado se o grupo não tivesse acabado.A Barata - Como aconteceu a formação da banda e de quem foi a idéia do conceito geral, roupas, letras, essas coisas?
Gerson Conrad - Foi a partir de um convite do João Ricardo. Começamos despretensiosamente a ensaiar a idéia hora em seu casa ora na minha,pois éramos vizinhos de mesma rua.A Barata – Na capa do primeiro disco, tinha a foto de Marcelo Frias. O que aconteceu com ele, pois ao que consta, logo nos primeiros shows ele já não aparecia?
Gerson Conrad - Marcelo teve a chance assim como os demais músicos de participarem ativamente do grupo Secos&Molhados. Porém ele optou por sair antes mesmo de o disco chegar às lojas. Sei que a muito ele vive em Florianópolis, S.C.A Barata – A banda de apoio tinha músicos de primeira linha, como o Willy Werdaguer e o John Flavin. Nos shows, a banda era a mesma?
Gerson Conrad - Sim, a banda era a mesma que gravou conosco. excelentes músicos!A Barata - "..., e fomos vítimas de sacanagens das multinacionais, com propostas nunca concretizadas." Essa frase é sua, não? Consta no Wikipédia... O que exatamente aconteceu?
Gerson Conrad - Sim, e fomos mesmo. Explico, Roberto Carlos era naquele momento o maior vendedor de discos em território nacional com cerca de cinqüenta mil cópias ano. Aí, aparecemos nós e revolucionamos o mercado com números superiores a um milhão de cópias. Então as multinacionais que precisavam da matéria prima para a confecção dos seus discos nos fizeram propostas individuais que jamais se concretizaram com o intuito de minar o grupo. Pois vivíamos uma crise de petróleo matéria prima para a confecção dos discos da época.A Barata - Falando em frases: "O que o Ney fez de importante, foi nos Secos & Molhados.O Gerson é medíocre, músico de uma composição só." Essa frase é atribuída ao João Ricardo sobre sua pessoa. O que tem a falar sobre isso?
Gerson Conrad - João é pobre de espírito. Não reconhece o talento de Ney e não perdoa o fato de minha composição,Rosa de Hiroshima, ter feito mais sucesso do que as suas tantas composições.Costumo dizer que João confundiu a máxima literária que diz: "Não importa a intanção do autor o que importa é a obra.", e sendo assim, ele acredita ser a propria obra.Chega a ser patético.A Barata - Essa troca de farpas entre os antigos membros do Secos & Molhados, impossibilitaria um retorno do conjunto atualmente? Mesmo com muita grana na jogada? Aliás, o que pensa sobre o retorno de bandas extintas apenas por grana?
Gerson Conrad - Acredito que essas bandas que retornam acabam por dar a seu público e fãs um precioso presente. Não importa se voltam por grana ou não.A Barata - Com relação á antiga polêmica sobre o Kiss ser uma cópia do Secos & Molhados, o que há de verdade nisso? A história do empresário americano, essas coisas. Gene Simmons e a galera ligada ao Kiss simplesmente ignora ou afirma que é apenas coincidência. Particularmente lembro de uma matéria publicada, se não me engano em 74, na Folha de São Paulo sobre isso. Mete a boca sobre isso.
Gerson Conrad - O fato é que estávamos no México e doi empresários americanos foram ao nosso encontro para tratar de nossa entrada nos EE.UU. Ao final da reunião disseram que assim como haviam criado "The American Beatles" criariam também um grupo à nossa imagem. Coincidência ou não,o KISS nasceu depois desse advento.A Barata - EScutei falar que você tem um livro pronto falando sobre você e sobre o S&M. Esse livro existe? Quando sai?
Gerson Conrad - Trata-se de um depoimento que escrevi com o intuito de catástase sobre tantas especulações sobre o extinto grupo. Até agora não consegui uma editora que topasse o projeto.A Barata - Bem, pra encerrar e agradecendo imensamente a entrevista, se tem alguma coisa que esqueci de perguntar e que você quer falar, manda bala. Aqui ninguém tem rabo preso com ninguém e o nosso lema "Liberdade de Expressão e Expressão de Liberdade" está a sua disposição. "Fala".
Gerson Conrad - É sempre um prazer ser lembrado!

em 10/4/2007
FONTE: http://www.abarata.com.br/Entrevistas_Baratas_Detalhe.asp?Codigo=37

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