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sábado, 25 de abril de 2009

ZÉ RAMALHO - Do sertão Paraibano para o mundo!


Zé Ramalho
a poesia trovejante do sertão nordestino









Dotado de uma voz tonitruante e um sentido lírico único, o cantor e compositor Zé Ramalho foi responsável por um dos capítulos mais instigantes da música popular brasileira de raízes nordestinas. Influenciado pela poética dos Beatles e dos Rolling Stones entranhada com as referências absurdas de repentistas como Zé Limeira e Pinto do Monteiro, o paraibano recheou suas letras com doses de realismo fantástico típicas do imaginário coletivo nordestino. O resultado é a fusão moderna de rock, com o xaxado, galope e beira-mar.

Como Alceu Valença, Lula Côrtes, Fagner e Pessoal do Ceará, Zé Ramalho utilizou a instrumentação elétrica e eletrônica para dar uma roupagem universal a seu música. Aliado a estas inovações soube priorizar o timbre da viola em seus discos.

Nascido em 03/10/49, na cidade de Brejo do Cruz, nos confins do agreste paraibano, José Ramalho Neto, o Zé Ramalho, perdeu o pai, um poeta, e o avô, um coletor de impostos, e se criou nessa calma cidadezinha com poucas ruas e uma enorme pedra dominando o cenário, dando-lhe uma estranha e impressionante atmosfera. Depois de perder o pai aos dois anos de idade, afogado num açude, foi criado pelo avô. Ainda garoto, começa se interessar pela Bíblia, mitologia greco-romana e literatura de cordel. Saiu ainda garoto, aos 10 anos, para morar em Campina Grande, centro industrial da Paraíba, onde já acontecia um agito cultural mais significativo que o da capital, montando o grupo de iê-iê-iê "Os Jets".

Jovem Guarda Nordestina

Aos 15 anos vai morar na capital João Pessoa, onde dá continuidade a sua formação musical. Seu envolvimento com a música remete a esse período da adolescência onde se envolve como guitarrista em diversos grupos locais da Jovem Guarda, como "Os Quatro Loucos", "Os Gentlemen" e "Elis e os Demônios". Dentro da cabeça do jovem Zé Ramalho, a bagagem da cultura nordestina repousava em estado latente.
Como a maioria dos jovens, estava mais interessado no rock dos Beatles e no movimento da Jovem Guarda, sendo parte da "banda da casa", quando Roberto Carlos e sua trupe se apresentavam em João Pessoa e vizinhanças.


Viagens Esotéricas no Sertão

Estudante de medicina em João Pessoa, Zé Ramalho abandonou os estudos porque não suportava ver sangue. Encarando de vez sua vocação: a música. Parte, sozinho, para o eixo Rio-São Paulo, mas nada consegue retornando um ano depois. Em Recife conhece Alceu Valença e Lula Cortes, com os quais compartilhou identidades estético-musicais, decorrente das vivências, feitas em 74, o sertão nordestino, feitas por Zé Ramalho e Lula Cortez, conseguindo gravar em quatro canais o álbum duplo "Paêbirú", que quer dizer "o caminho da montanha do sol". Editado no início de 75, recicla uma gama de ritmos nordestinos e rock progressivo. O disco tem participação de Geraldo Azevedo, Ivinho, Zé da Flauta e Paulo Rafael.

As letras do disco são fundamentadas nas lendas que circulam em Ingá do Bacamarte, , na Paraíba. Zé Ramalho e Lula Côrtes quiseram desvendar os segredos de Sumé, um feiticeiro que teria descido das estrelas em longinquas eras para passar ensinamentos aos índios. Até hoje historiadores debatem se as indecifraveis inscrições rupestres encontradas nas grutas seriam de autoria de seres extra terrenos. Historiadores dizem que foram os fenícios os responsáveis pelos desenhos. O album duplo, obra prima por excelência da nossa música foi divido em quatro partes, em analogia com os elementos mágicos: terra, ar, fogo e agua.

Destaca-se o martelo alagoano progressivo Nas paredes da pedra encantada (foi regravada com outro arranjo como Os Segredos de Sumé no LP "Força Verde").

Este trabalho musical de cunho místico não obtém repercussão e ele permanece em Recife até o ano de 1975, quando Alçeu Valença o requisita, para tocar viola, na sua banda de apoio no show "Vou Danado pra Catende". Ganha uma certa notoriedade devido a sua participação no show participando da banda de Alceu Valença na viola e quando cantava sozinho Jaquarepagá Blues. Deste show sai o álbum "Ao Vivo" de Alceu Valença, em 1976.

No ano seguinte, é convidado pela cineasta paulista Tânia Quaresma para percorrer o interior da Paraíba, Ceará e Pernambuco pesquisando cantadores, rabequeiros, violeiros e outros artistas populares como Pedro Bandeira, Otacílio Batista e Zé Olho de Gato. No filme da cineasta mineira, Zé Ramalho ainda recria a figura lendária de Zé Limeira, violeiro paraíbano, considerado o poeta do absurdo. Fruto deste trabalho foi o filme "Nordete, Repente e Canção". Essa experiência marcou profundamente o artista, que reforçou sua herança "genética" do cantador e violeiro.

Debutando em alto estilo

Devido a ter se destacado no show de Alçeu - onde cantava sozinho alguns repentes - é contratado pela CBS. Seu primeiro LP, "Zé Ramalho", lançado no início de 78, faz sucesso imediato em todo o país e o canção de coloração psicodélica Vila do Sossego que retrata toda aflição existencial do artista é sucesso de ponta-a-ponta do país. Uma homenagem ao pai e ao avô, ele fez na cantiga Avôhai sob efeito de chá de cogumelo alucinógino. A música é uma homenagem ao seu pai e avô e afirma que uma voz assoprou no ouvido dele a letra da canção.

O LP tem a participação do tecladista suíço Patrick Moraz (ex Yes) uma ambiência instrumental de rock progressivo, o que demonstra a preocupação de Zé Ramalho em soar uninversal, apesar de ter os "pés fincados" no caldeirão cultural nordestino. A Dança das Borboletas, parceria sua e de Alceu Valença ( já gravado por este no LP "Espelho Cristalino" de 77), destaca-se pela sonoridades de guitarras cortesia do eterno "Mutante", Sérgio Dias Batista, sob uma base nordestina-percussiva. A partir daí, Zé Ramalho sedimentar sua estética sonora baseada numa fusão de rock com o som das violas de repentistas e das sanfonas dos forrós do interior do Nordeste.

No segundo álbum, "A Peleja do Diabo contra o dono do céu", Zé Ramalho aprofunda sua viagem estética. Ele eletrifica uma antiga tradição da história da cultura nordestina o confronto entre Deus e o Diabo. Ele se utilizou do tradicioinal universo das "pelejas" da literatura de cordel que mantém o costume do desafio entre os repentistas. Como circula uma velha lenda no imaginário nordestino de que os repentistas tem de dar o melhor de si não apenas pela aparência métrica e de rima dos seus versos, mas por receio religioso: o deque um dia um dia o repentista se encontrará, cara-a-cara com o Diabo. E para que não seja levado deste mundo, ele terá de mostrar seu melhor repente. Utilizando-se da forma arcaia de composição poética introduziu a modernidade no sertão e remexeu com antigos mitos e signos da cultura nordestina.

O Carnaval baiano deve a Zé Ramalho, a instauração de um nova ordem rítmica: o regime dos galopes. O galope de Carnaval, uma vertente do frevo, foi estabelecida música Fevo Mulher, sucesso na voz da sua esposa, Amelinha, e na sua própria. A faixa é um dos carro-chefe do segundo álbum de Zé Ramalho e do primeiro de Amelinha, ambos lançados em 79.
O lamento houxliano Admirável Gado Novo tem letra inspirada em viagem de chá de cogumelo consumida por Zé Ramalho na época das suas observações da vida dos "bóia-fria" paulistas.

Profeta do Apocalypse

No terceiro LP, "A Terceira Lâmina" lançado em 81, Zé Ramalho já estabelecido com a esposa e filhos em Fortaleza onde reúne cantadores de todo Nordeste para celebbrar a cultura desse menestréis do Sertão.

No "Terceira Lâmina", ele consegue aprofundar a idéia de apocalipse que domina os repentistas, ampliando-a para uma perspectiva mundial. Popular e erudito, Zé Ramalho consegue participações de luxo como a da soprano Mária Lúcia Godoy. Zé Ramalho escolheu canções que falassem da liberdade do homem e de criação. É o caso de Filhos de Cancêr , uma parceria com o cantor e compositor cearense Fagner, dedicada aos praticantes de asa delta: "Desamarrem os laços/ façacm coisas pela liberdade/"; o mesmo tipo de apelo poético se repete em O Pequeno Xote: "Toda pessoa merece felicidade...".

A faixa-título do LP abriu uma polêmica na época por causa da visão de certo modo alarmista do autor sobre a possibilidade da explosão de uma Terceira Guerra Mundial. A contracapa de "A Terceira Lâmina", retrata uma explosão atômica e na capa, Zé Ramalho num gesto de oração dar a impressão que pede ppara que isso não aconteça. Na letra, Zé Ramalho manda seu recado místico-profético: "E virá como guerra/ a terceira mensagem/ na cabeça do homem/ aflição e coragem".

No ano seguinte com três álbuns que venderam em média mais de 150 mil cópias, lhe proporcionando três Discos de Ouro, Zé Ramalho aborda no álbum "Força Verde, lançado em 82 vários temas e é ilustrado com diversas gravuras do final do século XIX. Fazendo um disco com base nos ritmos nordestinos, o artista cercou-se de cordas e metais , incluindo am algumas faixas até o Coral de Joab nos vocais e contou com a colaboração do maestro Waltel Branco.

A faixa-título do LP é um lamento que foi regravado com distorção eletrônica da sua voz o que o distancia da versão original gravada por Fagner. O baião Banquete dos Signos traz o duo vocal com a cantora Marinês com o fundo de cordas, 12 violinos, quatro violas e cellos. A maioria das canções tem letras de tom narrativo com imagens caleidoscópicas e profusão de citações, como em Visões de Zé Limeira sobre o final do século XX onde retoma contato com a imagem do seu ídolo, o falecido violeiro paraibano Zé Limeira: figura mítica no Nordeste. O LP ainda tem a mediaval Cristais do Tempo pontuada por um fagote. Ao mesmo tempo Zé Ramalho se dedica às suas atividades como escritor.

Cansado das turnês, Zé Ramalho resolve fazer um novo álbum no ano seguinte, mas não excurciona. Tranca-se no Rio de Janeiro e faz um disco bem elaborado, com mais disponibilidade de tempo. O álbum conceitual "Orquídea Negra" abre um novo ciclo na vida do artista e traz renovadas parcerias através de participação especiais: A Cor do Som, Trio Dodô,Osmar e Armandinho, Maria Lúcia Godoy, Egbberto Gismonte, Fagner, Robertinho do Recife, Alceu Valença e Capinam. Baseado na caracter''istica do seu som paraibano, mediaval e mourisco, Zé Ramalho atua como um prestidigitador, desnorteando os padrões do "establishment" cultural tupiniquim.

A faixa-título é um dos destaques do álbum, revelando em tom épico e grandiloquente a visão cataclísmica de Jorge Mautner: "Você é a orquídea negra/ que brotou na máquina selvagem/ e o anjjo do impossível/ plantou como nova paisagem". A participação do TRio Dodô, Osmar e Armandinho e suas guitarras baianas no repente Dominó é uma bela fusão estética. A letra de Zé Ramalho faz um jogo de imagens instigante: "Pegue o destino e bote perto da viagem/ e a viagem bote perto do destino// o sacristão bote pertinho do sino/ e o símbolo na ponte da miragem". No final, o álbum fecha de forma triunfal com a composição O Xote dos Poetas feita com o poeta baiano Capinam e com trechos em espanhol: "A las cinco em punto de la tarde/ la seis grandes bascas/ em siete estrelas tornaram/ ocho novias brasieliñas/ nueva puñales, diez varandas/ sangre nel mural de la tarde/ la palabra libertad".

Cocaína, Decadência e Ostracismo

No ano seguinte, lança o álbum "Pra não dizer que eu não falei de rock ou...por aquelas que foram bem amadas ou..." que já reflete um refluxo criativo do cantor e compositor, tendo ele se perdido em canções de formato pop rock sem maior expressão. As mulheres servem de tema como Mulheres, parceria com o cantor e compositor carioca Jards Macalé, que conta com as participações de Wabderléia e Zezé Mota. Ele aproveita para gravar Jacarepaguá Blues e outras canções mais ligados à essência rock, como em Made in PB, Frágil e Bejo do Cruz. Ele ainda fraz uma versão da música dos The Beatles, Fool on the hill com a presença de Erasmo Carlos dividindo os vocais.

A crise criativa refletia o fim do casamento com Amelhinha e a volta para o Rio de Janeiro, depois de ter abandonado, em 84, Fortaleza. Ele começa, no ano seguinte, um novo relacionamento a economista Roberta Fontenele , 15 anos mais nova. Em 85, ele lança o LP "De gosto de água e de amigos". faixa-título, uma balada com letra do parceiro de velhos tempos, O pernambucano Lula Cortes, enfatiza a busca de Zé Ramalho por um novo "porto seguro"existencial: Na da tem o gosto/ do que numca acaba/ é como beber água/ na casa de amigos/ é como se abrigar/ dos ventos/ e dos perigos/ é...como se sentir/ no chão/e bem guardado...".

Em 96, puxado pela cantiga Mere-Mere mar, Zé Ramalho lança, em 96, LP "Opus Visionário" que já reflete a crise criativa causada, em parte, por conta do abuso do uso de cocaína que o artista usou nos anos 80. Em 87, Zé Ramalho lança "Décimas de um cantador" e refaz seu viés poético com versos de repentes e emboladores típicos do Nordeste. Terminado o contrato com a multinacional CBS é dispensado pela baixa vendagesn dos seus últimos três álbuns.

Depois de iniciar um tratamento caseiro com ajuda da esposa para se livrar do vício da cocaína, Zé Ramalho é chamado pela Sony Music para gravar, inicialmente, um álbum com composições de domínio público e de cantadores tadicionais do sertão nordestino.
No mesmo ano, em 92, ainda pela Sony Music, o álbum "Frevoador" que retoma um formato que indica uma retomada de seu trabalho mais fincado na mais pura tradição nordestina.

Retorno nos Anos 90

Volta a realizar muitos shows pelo país e começa a ser considerado pelo teor mítico e apologético de muitas das suas canções, continuador da obra do roqueiro baiano Raul Seixas. Em 96, num show em Vitória da Conquista (Ba), representantes da Sociedade do Maluco Beleza sobem ao palco e colocam uma túnica em Zé Ramalho, o intitulando continuador das idéias de Raul Seixas.

Depois de participar de show dueto com Geraldo Azevedo, em 95, e da turnê de Grande Encontro com este, Alceu Valença e Elba Ramalho e de dois CDs gravados ao vivo derivados desse projeto coletivo. Em 96, sua canção Admirável Gado Novo é regravada por Cássia Eller. Sua gravação original entra na trilha sonora da novela da Rede Globo, O Rei do Gado", o que acaba atraindo a atenção de um público jovem para sua música.

Faz novo contrato com a BMG e grava o CD "Cidades e Lendas" de autoria dele e co-produzido por Sivuca. Poética, simbolista, agreste, profético e apocalíptico. Seu tom de voz grave, pausado e enfático marca presença na faixa-título em Cada um dá o que tem, Os Últimos dias e Um lugar para sonhar. Na faixa-título, a velha verve poético pode ser ilustrada pelo seu refrão: "Toda cidade é uma lenda/tendas de ferro e cristal/ ruas de luz e de penas/ cenas de fogo e jornal". Ele regrava a parceria dele e de Jorge Mautner, a frenética Bomba de Estrelas.

Sua carreira artística é revisitada em duas coletâneas: uma organizada pela Sony Music ("20 anos de Carreira de Zé Ramalho"); outra, organizada pela BMG, "20 anos - Antologia Acústica") . Esta última, um CD duplo, produzido pelo guitarrista Robertinho do Recife, é composto de regravações acústicas de 19 composições de Zé Ramalho e uma versão de uma música de Bob Dylan, Knockin'on heaven's door (Batendo na porta do céu). Com tratamento acústico super bem cuidado, o álbum vendeu 50 mil cópias em todo Brasil (ao todo 1 milhão, pois o CD é duplo).

No ano passado, Zé Ramalho dá continuidade a sua escala de de retorno ao sucesso nacional, através do CD "Eu sou todos nós", novamente com produção de Robertinho do Recife, com 10 músicas inéditas e duas regravações. Ele considera o trabalho seu manifesto de final de milênio. A faixa-título tem uma letra que tenta recuperar o sentido de fraternidade de Imagine de John Lennon. Outro destaque é a faixa, Agônico, o Canto que recupera uma faixa instrumental do álbum " Peleja do Diabo com o Dono do Céu" apenas num arranjo feito com vocalizações. Reintensificando on carárter unbniversal de sua musicalidade nordestina, Zé Ramalho associa em Martelo rap alagoano, instrumentos tradicionais nordestinos aos samplers, fazendo a ponte da batida samplada do hip-hop com a sanfona e uma viola pontuando tudo.

Ele que teve sua imagem associada ao movimento dos sem-terra, depois da novela da Rede Globo, "O Rei do Gado", acabou compondo a música Sem-Terra onde destaca a justeza do movimento se ele caminha pelo caminho pacífico. Em 98, acabou cantando Admirável Gado Novo numa manifestação dos Sem-Terra em Brasília, na Esplanada dos Ministérios, e saiu ovacionado. No CD "Eu sou todos nós"ainda presentes duas canções de outros compositores: Falido Transatlântico de Marcus Vinícius e Errare Humanum ESt de Jorge Ben Jor.

O cantor, com sua voz cavernosa, tem uma maneira própria de compor e cantar, misturando ritmos e tendências diversas.

Suas influências musicais são uma mistura de elementos da cultura nordestina (cantadores, repentistas e rabequeiros), da Jovem Guarda (Roberto Carlos,Erasmo Carlos e Golden Boys), a sonoridade dos Beatles e a rebeldia de The Rolling Stones, Pink Floyd, Raul Seixas e Alex Luiz e principalmente Bob Dylan. Há elementos da mitologia grega e de histórias em quadrinhos em suas músicas. Esta variedade, que para muitos torna o seu trabalho atemporal, pode ser considerada uma das principais responsáveis pela conquista de diversas gerações.

Tem seis filhos: Cristhian(1974), Antônio Wilson (1978), João(1979), Maria (1981), José(1992) e Linda(1995).

E uma neta, Ester, nascida em 1999(filha de Maria).

Discografia anterior à oficial
* Paêbirú (1974) disco gravado juntamente com Lula Côrtes, gravado pela Rozemblit. Um dos primeiros discos não-declarados de psicodelia brasileira (tendo, inclusive, uma canção com nome de cogumelo alucinógeno). Neste disco, compuseram faixas dedicadas aos quatro elementos da natureza (terra, ar, água e fogo). É hoje considerado uma clássico alternativo, com destaque especial para o seu uso de fuzz guitar.

Álbuns de estúdio
* Zé Ramalho (1978)
* Zé Ramalho 2 (1980)
* A Terceira Lâmina (Epic/CBS - 1981)
* Força Verde (Epic/CBS - 1982)
* Orquídea Negra (Epic/CBS - 1983)
* Por Aquelas que Foram Bem Amadas (Epic/CBS - 1984)
* Pra não dizer que não falei de Rock (Epic/CBS - 1984)
* De Gosto, de Água e de Amigos (Epic/CBS - 1985)
* Opus Visionário (Epic/CBS - 1986)
* Décimas de um Cantador (Epic/CBS - 1987)
* Frevoador (Columbia/Sony Music - 1992)
* Cidades e Lendas (BMG - 1996)
* Eu Sou Todos Nós (BMG - 1998)
* O Gosto da Criação (BMG - 2002)
* Estação Brasil (BMG - 2003)
* Parceria dos Viajantes (Sony/BMG - 2007)

Coletâneas
* Antologia Acústica (1997)
* Perfil (2002)

Cover
* Brasil Nordeste (Columbia/Sony Music - 1991)
* Nação Nordestina (BMG - 2000)
* Zé Ramalho Canta Raul Seixas (BMG - 2001)

Ao Vivo
* Zé Ramalho ao Vivo (Sony/BMG - 2005)
Esse disco foi retirado do mercado devido a uma ação judicial SonyBMG x EMI

Curiosidades

  • "Avohai" quer dizer "Avô Raimundo". O avô o acolheu quando seu pai morreu afogado num açude.
  • A música "Eternas Ondas" foi originalmente composta para ser interpretada por Roberto Carlos, mas acabou sendo sucesso na voz de outro nordestino: Fagner.
  • Em seu álbum Antologia Acústica, Zé Ramalho comemora seus vinte anos de carreira com uma releitura de seus maiores sucessos. Destaque para "Admirável Gado Novo", que virou um baião, com a participação de Dominguinhos. No álbum há ainda uma versão em português de "Knockin' on Heaven's Door", sua homenagem a Bob Dylan.
  • Elba Ramalho (sua prima), fez sucesso com a regravação de algumas músicas de Zé Ramalho, entre elas uma versão emocionada de "Chão de Giz", e sua versão de "Avohai" na primeira edição do Rock in Rio.
  • Fez parceria com a banda Sepultura, na música "A Dança das Borboletas", para a trilha sonora do filme Lisbela e o Prisioneiro.
  • Garoto de aluguel, canção do disco A Peleja do Diabo com o Dono do Céu, tem tons autobiográficos, pois faz referência aos primeiros anos do compositor no Rio de Janeiro.
  • Força verde foi alvo de uma acusação de plágio de uma poesia do poeta irlandês William B. Yeats.

Fonte: Wikipédia

ÁLBUNS DISPONÍVEIS PARA DOWNLOAD


Zé Ramalho - 1975 - Paêbirú (com Lula Cortêz)-Raríssimo!







































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Zé Ramalho - 1978 - Zé Ramalho I
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Zé Ramalho - 1980 - Zé Ramalho II
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Zé Ramalho - 1981 - A terceira lâmina
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Zé Ramalho - 1982 - Força verde
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Zé Ramalho - 1983 - Orquídea Negra
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Zé Ramalho - 1984 - Por Aquelas Que Foram Bem Amadas
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Zé Ramalho - 1984 - Pra não dizer que não falei de Rock
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Zé Ramalho - 1985 - De gosto, de água e de amigos
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Zé Ramalho - 1986 - Opus Visionário
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Zé Ramalho - 1987 - Décimas de um Cantador
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Zé Ramalho - 1991 - Brasil Nordeste
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Zé Ramalho - 1992 - Frevoador
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Zé Ramalho - 1996 - Cidades & Lendas
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Zé Ramalho, Elba Ramalho, Alceu Valença & Geraldo Azevedo - 1996 - O Grande Encontro I
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Zé Ramalho - 1997 - Antologia Acústica
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Zé Ramalho, Elba Ramalho & Geraldo Azevedo - 1997 - O Grande Encontro II
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Zé Ramalho - 1998 - Eu sou todos nós
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Zé Ramalho - 2000 - Nação Nordestina
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Zé Ramalho, Elba Ramalho & Geraldo Azevedo - 2000 - O Grande Encontro III
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Zé Ramalho - 2001 - Zé Ramalho Canta Raul Seixas
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Zé Ramalho - 2002 - O Gosto da Criação
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Zé Ramalho - 2003 - Estação Brasil
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Zé Ramalho - 2004 - Duetos
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Zé Ramalho - 2005 - Ao Vivo
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Zé Ramalho - 2006 - Perfil

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Zé Ramalho - 2007 - Parceria dos Viajantes

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2008-Zé Ramalho-Zé Ramalho da Paraíba-album duplo



















faixas:
CD 1
01. Táxi Lunar
02. Jacarepaguá Blues
03. O Autor da Natureza
04. Brejo do Cruz
05. Puxa Puxa
06. Luciela
07. Paraíba Hospitaleira
08. Terremotos
09. Falido Transatlântico
10. A Árvore
11. A Peleja de Apolo e Pam
12. O Astronauta
13 .Meninas de Albarã
14. Aboio Eletrônico

CD 2
01. O Sobrevivente
02. Jardim das Acácias
03. Discurso 1
04. Avôhai
05. Discurso 2
06. Adeus Segunda-feira Cinzenta
07. A Dança das Borboletas
08. O Monte Olímpia
09. Admirável Gado Novo (ao vivo no Rio)

Links para downloads:

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Zé Ramalho Canta Bob Dylan

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Este excepcional trabalho reúne 12 canções de Bob Dylan, vindo de diferentes fases de sua vasta e produtiva carreira, todas reinventadas por Zé Ramalho. Não são apenas as letras que ganharam seu equivalente no português do Brasil - as canções por si só descobriram novos laços através dos continentes, transformando-se em xotes, baiões, cocos (depois desse disco talvez Mr. Tambourine Man nunca mais seja outra pessoa além de Jackson do Pandeiro...). Não são versões; são tranfigurações, atos de magia musical e poética, com um mútuo piscar de olhos entre dois grandes artistas populares.

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01. Medley: Wigwam/Para Dylan
02. O Homem Deu Nome a Todos Animais
03. Tá Tudo Mudando
04. Como uma Pedra a Rolar
05. Negro Amor
06. Não Pense Duas Vezes, Tá Tudo Bem
07. Rock Feeling Good
08. O Vento Vai Responder
09. Mr. do Pandeiro
10. O Amanhã é Distante
11. If Not for You
12. Batendo na Porta do Céu (Versão II)


Zé Ramalho - 2008 - Em Foco

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Zé Ramalho - Grandes Sucessos

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ARQUIVOS DE FOTOS RARAS:

Zé Ramalho e Erasmo Carlos

Geraldo Vandré e Zé Ramalho


Dominguinhos, Zé Ramalho, Geraldo Azevêdo e Robertinho do Recife


Marcelo Fróes e Zé Ramalho



Fagner, Morais Moreira, Zé Ramalho e Jackson do Pandeiro
Roberto Carlos e 0s 4 Loucos(com Zé Ramalho na foto do lado direito e membros da banda), foto tirada em João Pessoa-PB anos 60


Cátia de França, Hugo Leão e Zé Ramalho

Um comentário:

  1. Parabéns pelo blog. Não conhecia e fiquei impressionado com o zelo, informações e possibilidades. Paulo Horta-BH

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